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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Filme: Closer - Perto Demais


Existem filmes que são marcantes e confusos ao mesmo tempo. Um desses filmes é Closer- Perto Demais, de 2004. Com grande elenco, Julia Roberts, Natalie Portman, Clive Owen e Judy Law, a trama se desenvolve de forma sutil e prende o público de modo único. 

A primeira cena deste adorável longa já ganha o telespectador, com a trilha sonora de Damien Rice. A história segue os encontros e desencontros de quatro personagens. Dan, um jornalista fracassado, cruza casualmente com a striper Alice, recém-chegada dos EUA, em meio à agitação da capital britânica. Passado um tempo, Dan conhece Ana em uma sessão fotográfica e passa a se relacionar com a artista. Também de forma casual (através da troca de identidades em um chat na internet), Ana se envolve com o médico Larry – formando uma espécie de casal “perfeito”: ambos bem-sucedidos em suas profissões, é o casal que, aparentemente, vive um conto de fadas. No entanto, quando seu envolvimento entre Ana e Dan é descoberto por Larry, ocorre uma espécie de troca de casais – formando o “retângulo” amoroso que permeia toda a narrativa. 

Como citei no começo deste texto, são confusas as relações dos personagens, entretanto, o filme possui uma linguagem extremamente contemporânea, termos adultos, provocações sensuais entre os personagens, traições, decepções, felicidade e tristeza fazem parte do mundo do diretor Mike Nichols.

Neste emaranhado de relações, é o elenco que faz toda a diferença no filme. Jude Law, que parece estar ligado no modo automático, é o que menos causa frisson, mas faz um trabalho eficiente. Julia Roberts, mais serena do que nunca, traz uma atuação segura que se adequa bem à sua personagem, assim como Clive Owen, que faz um tipo beirando a paranoia que é o retrato de muitos homens que encontramos por aí. No entanto, é Natalie Portman quem realmente brilha (muito antes de Cisne Negro – filme pelo qual faturou o Oscar de Melhor Atriz). Na pele de Alice, Natalie é enigmática, sensual e controversa. 

Closer consegue ser um filme incrivelmente sensual sem mostrar quase nada em termos de sexo. Os personagens apenas falam, sugerem o assunto e, mesmo que existam cenas como as do clube de strip-tease, onde Alice trabalha, em nenhum momento torna-se apelativo. 

Com uma visão pessimista em diversos momentos, o filme lança um olhar sobre a problemática dos relacionamentos humanos, nos mostrando bem de perto as fraquezas da natureza humana. Serve para explanar as contradições das relações, expondo a impotência do homem diante daquilo que sente – e daquilo que deseja. 

No fim, relacionamentos são complicados em todas as suas formas e este belíssimo filme retrata bem a visão das relações amorosas, vale a pena relembrar e assistir novamente.

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