Esses
dias presenciei uma cena que me fez refletir um pouco em como nós temos a
capacidade arbitraria de julgar e condenar ao próximo sem realmente sabermos o
que leva a pessoa a ter uma certa atitude ou ficar em uma determinada situação.
Acabará
eu de adentrar num banheiro público numa das estações de metrô aqui de São
Paulo, e eis que havia um morador de rua ali já saindo, o mesmo saiu e
rapidamente a pessoa responsável pela limpeza e higienização do local começou
imediatamente o processo de limpeza, pois ficou um cheiro extremamente forte no
local, porém está pessoa começou a maldizer sobre a situação do morador, logo
proferindo que não sabia como uma pessoa podia viver assim, que não fazia nada
para sair daquela situação e que era apenas um vagabundo qualquer.
Só
observei a situação e comecei a esboçar esses pensamentos de reflexão, não
apenas sobre a situação do pobre morador de rua, mas ampliando essa vertente de
condenarmos aos outros sem sabermos o que acontece em suas vidas ou como acabaram
em uma situação que a nosso modo de ver é pejorativa ou deplorável.
Nós, e
falo nós pois eu me incluo nisso, sempre temos a mania de julgar e criticar os
outros ao invés de nos colocarmos no lugar do próximo, do que tentarmos
enxergar as dificuldades de cada um e oferecer nosso apoio a nossa ajuda. E
tudo que as vezes a pessoa precisa é de um apoio, uma palavra amiga ou um
simples abraço e quando não recebe isso acaba se afundando mais em seus
problemas.
Cada
um sabe de sua situação e de seus problemas e não existem quem posso resolver
isso por você, mas existe quem possa apoia-lo e que possa demonstrar que está
junto e que não importa o que aconteça isso vai passar. Voltando ao caso do
morador de rua, não sabemos o que levou ele a se tornar o que é hoje, drogas, desemprego,
abandono familiar, uma decepção ou depressão, enfim não sabemos, entretanto se
todas as pessoas que lhe eram próximas lhe viraram as costas como ele se vê
diante da vida?
E como
tentar mudar se ninguém lhe estender a mão, claro existem lugares que oferecem
ajuda e pessoas realmente dispostas ajudar e isso é importante, mas num
contexto diferente ao de um morador de rua, nem sempre tem um lugar para se
buscar ajuda, muitas vezes a ajuda que deveria vir de casa, dos amigos é aquela
que falta, é aquela que critica, que julga, que condena, que afasta e terminar
por piorar a vida de uma pessoa.
Creio
que só precisamos de um pouco mais de compaixão, de paciência em entender, em
se colocar no lugar do próximo, de ouvir e pensar antes de qualquer coisa,
somos humanos e precisamos agir como tal. Mais amor por favor!
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