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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Nosso Mundo Particular Tecnológico


Há algum tempo atrás, nosso querido amigo e colunista do Barba, Cabelo e Devaneio, Fernando Santos, publicou em seu Facebook uma frase que despertou minha atenção. Se não me engano, ele escreveu:

"Espero não perder sua atenção para o seu celular."


E a postagem do nosso amigo abriu uma boa discussão em relação a como estamos nos comportando nos últimos tempos. Digo nos comportando, pois me incluo no meio desta bagunça tecnológica que vivemos.

Está claro que a tecnologia é fundamental nos dias atuais; é quase impossível imaginar como o mundo estaria hoje se, por acaso, não tivéssemos tantos avanços neste sentido. Mas, quero questionar aqui mais especificamente as redes sociais e como tem sido a relação humana com as mesmas.  

Acredito que nos últimos anos, com a facilidade de acesso à internet (leia, inclusão digital), praticamente todos estamos nas "redes sociais" e, para o bem ou mal, quem não tem um perfil no Facebook está fora da realidade. Entendam que não tenho nada contra a inclusão digital, e adoro o Facebook ou demais meios sociais, entretanto, a minha atenção cai no quanto estamos voltados para isso e deixando algumas relações reais e tangíveis de lado.

Hoje é comum vermos as pessoas plugadas ao seus smartphones. Ao sair de casa, observo as pessoas em pontos de ônibus ou dentro dos transporte coletivo, e afirmo que ao menos 90℅ delas estão conectadas em seus mundos particulares. Ao que parece, perdemos a habilidade de interagir interpessoalmente.

Recentemente comentava com uma amiga que me disse exatamente isso e, parafraseando-a, antigamente as pessoas acabavam por socializar umas com as outras em seus respectivos trajetos para seus empregos. Mas hoje estamos cegos em nossos pequenos universos ilusórios, onde vivemos no Mundo da Lua, cujos mais velhos entenderão a referência ao mundo de Lucas Silva e Silva.

Enfim, não sou contra a tecnologia, ao contrário, sou um defensor dela. Contudo, acredito que caminhamos a passos largos para a alienação coletiva. Citando o filme Ele Não Está Tão Afim de Você, de 2009, existe certo momento onde a personagem de Drew Barrymore diz:

"Antigamente, para chamar a atenção do sexo oposto bastava um penteado diferente, uma roupa atraente; e agora é só atualizar meu perfil e trocar a foto."

Fica clara a nossa dificuldade de interação. É mais fácil conhecer uma pessoa por meios virtuais do que reais, vide o sucesso de Tinder, Facebook, Instagram, entre outros. Por fim, acho a tecnologia ótima e uma excelente ferramenta de trabalho e até entretenimento, todavia, não podemos nos esquecer do que realmente mais importa, a relação pessoal, tangível e física, afinal, nada melhor que o contato humano.

E, como amo filmes, vou parafrasear mais um para fechar a coluna:


"A internet me aproximou do mundo, mas me distanciou da vida."

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